quinta-feira, 30 de julho de 2015

Encontra-te

É no momento que dás por ti a observar ou a fazer tudo o que te cativava e te saciava a alma e nada te move, os teus pés estão fixos ao chão que pisas, o teu olhar perdeu o brilho que outrora tinha, é nesse instante que tens que colocar as tuas mãos sob a cabeça e gritares bem alto: Quem sou? O que ando aqui a fazer? Olha-te ao espelho!  Reconheces-te? O reflexo que visualizas ainda é o teu? Se não te reconheceres, pará AGORA! Estás a tempo de mudar ou melhor, de te reencontrares contigo mesmo. Tu não podes ter mudado num curto espaço de tempo, apenas te esqueceste de ti e se continuares nesse trilho, mesmo que alguém tão precioso para ti te estenda e dê a mão, tu vais soltá-la num ápice. E sabes porquê? Simples, tu já não és tu. Tu vives num labirinto e com uma máscara. Sai dele, tira-a. Se continuares adiante, pode ser tarde demais, os ponteiros do relógio só andam numa direcção, para a frente, tu não alteras a hora mas cabe-te a ti e só a ti mudares o teu presente.  Caso sigas nesse barco que não é teu, não te esqueças que não tens os remos adequados para navegares no teu novo "agora", vais perdendo a cada tentativa a tua pureza, a tua essência. Se vives de aparências, tu não és feliz. O que andas aqui a fazer. É essa a tua missão de vida? 
Assume-te, é aquilo que és, perde-te para te encontrares. Se o vento te toca na face, o sol te ilumina, a chova te molha e tu te sentes meramente apático às maravilhosas, profundas e mais intensas sensações que são indubitavelmente as sensações proporcionadas pela "mãe-natureza" e a tua alma não as beija, então está na altura de olhares para dentro de ti, investiga o teu interior.
A melodia do teu peito dá-te sempre "o tom certo", escuta-a e se não gostas do refrão, reinventa a música. Tu não és um muro de pedra incapaz de transportar sozinho, mas se permitires que o desmoronem, os materiais da tua construção, caem e bem no fundo Nascerão ervas daninha ao redor das pedras, olhas à tua volta e sentes necessidade de as arrancar, mas lembra-te que tens que ser tu e só tu, além disso, terão que ser recolhidas pela raiz, caso contrário, elas vão juntar-se aos fragmentos caídos. O muro da tua vida foi quebrado. E porquê? Tu perdeste as rédeas da tua vida, tornaste-te frágil ou uma pessoa mais fria que um próprio cubo de gelo e simplesmente caiu. Ergue-te. Desvia as pedras do teu caminho, uma a uma. Constrói passeios e passadeiras na estrada da tua vida. Eu já me encontrei e reencontrei. E tu?

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