Tu e eu somos uma equação de 2ºgrau. Dois
universos tão complexos, tu és das Ciências Exatas e eu da área Social. Tu és
números. Eu sou letras. Tu procuras a lógica através dos inúmeros cálculos para
alcançares os resultados numéricos adequados. Eu perco-me numa viagem incessante
pela interpretação dos dados, dos materiais e das fontes históricas. Tu és
lápis, máquina de calcular e problemas. Eu sou caneta, mil textos e uma
Biblioteca de livros.
Quando é assunto de coração, a premissa
de que "os opostos se atraem", é certeira, mas incompleta, pois, é
nas suas assimetrias que se encontram o encaixe perfeito. É certo que tem que identicamente
os mesmos valores morais e princípios essenciais, à vida e aos relacionamentos.
O teu mundo exerceu uma potencial força
gravitacional em mim. Exerces pressão no meu mundo, mas em simultâneo, é
curioso, porque és como uma estrela-cadente. Foi preciso estar atenta aos
pequenos sinais para ela cair do meu espaço, nos confins que é a minha mente.
Pedi um desejo. Ainda continuo aqui à espera que se concretize. O que me abraça
é que não é todos os dias nem todas as pessoas que tem o privilégio de ver
desvanecer esta partícula que pressupõe uma carga simbólica gigantesca. Vou
voltar a cruzar os dedos e pedir um desejo. Pedir-te, aqui e agora.
Tu és um quebra-cabeças e um
puzzle de mil peças. Há momentos que creio não conseguir resolver o problema,
interpretar-te e terminar o jogo que me deste para te decifrar e saber amar.
Tu és todas as operações de contas.
Contigo, sobrai-o os pensamentos negativos da mente, as inquietações da alma,
os medos do coração; divido os problemas e as angústias; somo memórias,
momentos e sorrisos e multiplicam sonhos e objetivos. De ti só sei o valor de
PI, do valor da tua personalidade, empenho e dedicação ao trabalho, à tua
família. Tento resolver a equação, mas é sempre em vão. Não queria que fosses
um sistema de Pitágoras, conseguia resolver, mas quiçá uma regra de três
simples. Seria uma questão de aprendizagem, concentração, prática e alguma
paciência (aquela que me escapa!).
Sabes quando era pequena,
preserva no estojo de menina, o meu fabuloso lápis das tabuadas. Por muito que
as soubesses, a memória falhava aquando a Professora pedia para realizar no
quadro as contas de dividir. Tu és a operação de conta mais difícil, és conta
de dividir. Mas sabes, a certa altura, vais aprendendo a confiar em ti, no teu
estudo e é nesse instante que afias o bem-dito lápis. Peço-te que me
deixes voltar a utilizar o tal lapisinho, sem medos.
Auxilia-me nas equações da vida e eu permitirei
dar-te o livro das minhas instruções, dou-te acesso ao catálogo das minhas
emoções.
Quero contigo avançar cada ano, cada casa
decimal, sem pensar em pensar. Apenas avançar, porque tu para mim és o tal..
És matemática em mim,
Se não está a resultar,
Há que voltar ao início, apagar
e recomeçar,
Pois tu serás sempre um desafio
e equação sem fim.
Tudo para te dizer que gosto de
ti ao cubo ou a fórmula máxima que exista (que eu desconheça!).
ღღღ